Presidente da Asphan pede por mobilização da categoria

Caros amigos,

Os recentes acontecimentos envolvendo clara intervenção política na gestão do Iphan são o desenlace de um processo que há muito assola nossa instituição e tem como razões de ser a desestruturação institucional e a precária ou inexistente participação dos servidores nos rumos da casa.

Instituições de sucesso, como a Receita Federal e a Polícia Federal, têm obtido êxito devido ao entendimento dos últimos governos sobre a necessidade de sua profissionalização e de sua estruturação administrativa. Infelizmente, nunca tivemos gestores capazes de levar essa mesma posição de forma adequada às instâncias superiores de decisão. Fomos lamentavelmente nos tornando um “gueto”, para alguns com certo “charme”, dentro do aparelho governamental.

Já estamos pagando há tempos por isto. Sucessivas direções da autarquia têm insistido na fórmula da exclusão dos servidores do processo de gestão, impedindo o debate e a democratização dos processos decisórios. Neste momento de silêncio ensurdecedor vindo de “Brasilândia”, a rádio corredor fervilha de temas como a possível extinção do Ibram e da Fundação Palmares e sua incorporação ao Iphan, sem que qualquer manifestação oficial venha esclarecer tais assuntos, provavelmente “sem importância” ou impacto na vida dos servidores.

Em um mundo que se conecta em rede e compartilha informações, vivemos ainda envoltos em segredos e caixinhas administrativas, não é à toa a irrelevância com que hoje a instituição é tratada. Urge que os servidores mudem seu comportamento participando e exigindo informações em seus locais de trabalho. Somente a partir da democratização da gestão poderemos reerguer as instituições da cultura que tanto prezamos.

 

Leonardo Barreto​

Presidente da Asphan

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